O filme trata da história de nove pessoas que resolveram se afugentar do mundo urbano devido à violência dor, sofrimento e toda a falta de esperança que os grandes centros nos trazem. Juntos eles fundam um vilarejo no qual criam suas famílias isoladas de qualquer contato com o mundo externo.
Para manter o isolamento, esse grupo, chamado pelos habitantes da vila de “Os Anciões”, cria uma lenda sobre monstros que habitam a floresta que cerca o vilarejo. Todos os que entrarem na floresta serão mortos pelos seres chamados “Aqueles de quem não mencionamos”
Porém algo acontece no vilarejo que ameaça a manutenção da vila. Um jovem chamado Lucius Hunt, um corajoso rapaz que desejava passar pela floresta e ir as cidades em busca de remédios para seu povo, é atacado por outro rapaz com problemas mentais chamado Noah Percy, motivado por ciúmes de seu casamento com Ivy Walker.
A grande questão agora para o pai de Ivy, o Líder dos Anciões, estava entre salvar a vida de Lucius, permitindo que sua filha, deficiente visual, fosse até a cidade buscar remédios, ou manter a mentira sobre a vila, sacrificando assim a vida de Lucius.Mas o Sr. Walker não resiste ao amor da filha por Lucius e permite que a mesma vá à cidade e busque remédios. Antes ele conta toda a farsa sobre a história dos monstros, mas não adianta, por que Ivy ainda continua acreditando na existência de monstros. Durante sua caminhada, Noah encontra uma das roupas de monstro, e vestido nela, ele ataca Ivy na floresta, mas ela consegue matá-lo, achando assim que matou um dos temíveis monstros.
Ivy retorna da fronteira da floresta após encontrar um guarda que lhe fornece os remédios. Na verdade, os guardas da floresta são empregados das empresas Walker, e a floresta toda é propriedade do pai de Ivy, mas ela não sabe porque não pode ver. Ela retorna ao vilarejo e assim a vida na vila continuará a mesma.
Para manter o isolamento, esse grupo, chamado pelos habitantes da vila de “Os Anciões”, cria uma lenda sobre monstros que habitam a floresta que cerca o vilarejo. Todos os que entrarem na floresta serão mortos pelos seres chamados “Aqueles de quem não mencionamos”
Porém algo acontece no vilarejo que ameaça a manutenção da vila. Um jovem chamado Lucius Hunt, um corajoso rapaz que desejava passar pela floresta e ir as cidades em busca de remédios para seu povo, é atacado por outro rapaz com problemas mentais chamado Noah Percy, motivado por ciúmes de seu casamento com Ivy Walker.
A grande questão agora para o pai de Ivy, o Líder dos Anciões, estava entre salvar a vida de Lucius, permitindo que sua filha, deficiente visual, fosse até a cidade buscar remédios, ou manter a mentira sobre a vila, sacrificando assim a vida de Lucius.Mas o Sr. Walker não resiste ao amor da filha por Lucius e permite que a mesma vá à cidade e busque remédios. Antes ele conta toda a farsa sobre a história dos monstros, mas não adianta, por que Ivy ainda continua acreditando na existência de monstros. Durante sua caminhada, Noah encontra uma das roupas de monstro, e vestido nela, ele ataca Ivy na floresta, mas ela consegue matá-lo, achando assim que matou um dos temíveis monstros.
Ivy retorna da fronteira da floresta após encontrar um guarda que lhe fornece os remédios. Na verdade, os guardas da floresta são empregados das empresas Walker, e a floresta toda é propriedade do pai de Ivy, mas ela não sabe porque não pode ver. Ela retorna ao vilarejo e assim a vida na vila continuará a mesma.
O filme retrata o medo pelo desconhecido e o estabelecimento de defesas internas que as pessoas criam para perpetuar um sentimento de “segurança”. Podemos perceber que o enredo do filme mostra como os personagens se isolam em um mundo de “fantasia”, descrito por Freud em seu artigo “Para Além do Princípio de Prazer” como um mecanismo que leva o sujeito a negar a realidade que seria na verdade uma evitação do desprazer que o levaria a viver de acordo com o “Princípio da Realidade”.
Percebemos que há uma tentativa de “fuga” do mundo real, com o objetivo de manter a ordem no mundo interior, o que leva a instalação do “recalque”, onde barreiras são formadas como forma de se estabelecer a ordem nesse mundo do inconsciente. Essas barreiras são simbolizadas pelas florestas em redor da vila, pela instalação do medo do desconhecido, das criaturas descritas como “Aqueles de quem não mencionamos”.
Estão presentes no filme sintomas de experiências traumáticas que levam as pessoas a estabelecerem uma relação de “desconfiança perante a vida”, levando-as a quererem se esconder de tudo que causa desprazer.
Porém o inconsciente busca maneiras de romper essas barreiras. Ele nos incomoda, transgride as regras e encontra formas de nos empurrar “para fora da vila”. Esse inconsciente é tipificado no filme pelo personagem Noah, um homem com a mentalidade de uma criança de cinco anos que não aceita regras e é extremamente desobediente, pois com freqüência ele adentrava a floresta sem medo das criaturas.
Um evento inesperado gera uma crise na vila, quando o personagem Lucius é ferido por Noah e precisa de “remédios”. Uma decisão precisa ser tomada: ou deixamos Lucius morrer ou nos arriscamos e saímos da vila, enfrentando os medos. Será que o personagem Lucius não representa uma vontade de ir mais além, de quebrar as regras, os recalques que nos impedem? Somente quando esse “Lucius” que está dentro de nós manifesta sintomas de morte é que corremos em busca de remédios.
As crises instaladas em nosso interior provocadas pela depressão, ansiedade, transtornos obsessivos, pânico colocam em risco o “Princípio de Vida” e nos colocam diante de uma escolha: ou morremos ou nos aventuramos “cegamente” no interior da floresta. Não seria a personagem Ivy um retrato do desejo de se ver livre do medo? Para vencê-lo é preciso encará-lo. Mas como encarar aquilo que está no nível do inconsciente?
Mesmo sabendo que ela não poderia ver os “monstros” da floresta. Mesmo sabendo que eles não eram reais, pois seu pai havia contado a ela a respeito da farsa, ela ainda assim sentia a presença desses monstros. Não seriam esses monstros uma figura das percepções equivocadas que nosso aparelho psíquico faz a cerca dos eventos? Entendemos que não são reais, porém não conseguimos evitar as emoções negativas que eles provocam.
Concluindo, é preciso ter coragem para entrar na floresta, assim como é preciso ter coragem para entrar em processo de análise. Quando iniciamos um processo de análise entramos cegos. Não enchergamos o que há na floresta. Aos poucos as resistências vão caindo até conseguirmos a atravessá-la por completo, o que muda nossa percepção acerca da vida. O medo nunca desaparece por completo, porém entendemos que ele não é real e que é possível vencê-lo todas as vezes que ele se manifesta em nossas vidas.
Percebemos que há uma tentativa de “fuga” do mundo real, com o objetivo de manter a ordem no mundo interior, o que leva a instalação do “recalque”, onde barreiras são formadas como forma de se estabelecer a ordem nesse mundo do inconsciente. Essas barreiras são simbolizadas pelas florestas em redor da vila, pela instalação do medo do desconhecido, das criaturas descritas como “Aqueles de quem não mencionamos”.
Estão presentes no filme sintomas de experiências traumáticas que levam as pessoas a estabelecerem uma relação de “desconfiança perante a vida”, levando-as a quererem se esconder de tudo que causa desprazer.
Porém o inconsciente busca maneiras de romper essas barreiras. Ele nos incomoda, transgride as regras e encontra formas de nos empurrar “para fora da vila”. Esse inconsciente é tipificado no filme pelo personagem Noah, um homem com a mentalidade de uma criança de cinco anos que não aceita regras e é extremamente desobediente, pois com freqüência ele adentrava a floresta sem medo das criaturas.
Um evento inesperado gera uma crise na vila, quando o personagem Lucius é ferido por Noah e precisa de “remédios”. Uma decisão precisa ser tomada: ou deixamos Lucius morrer ou nos arriscamos e saímos da vila, enfrentando os medos. Será que o personagem Lucius não representa uma vontade de ir mais além, de quebrar as regras, os recalques que nos impedem? Somente quando esse “Lucius” que está dentro de nós manifesta sintomas de morte é que corremos em busca de remédios.
As crises instaladas em nosso interior provocadas pela depressão, ansiedade, transtornos obsessivos, pânico colocam em risco o “Princípio de Vida” e nos colocam diante de uma escolha: ou morremos ou nos aventuramos “cegamente” no interior da floresta. Não seria a personagem Ivy um retrato do desejo de se ver livre do medo? Para vencê-lo é preciso encará-lo. Mas como encarar aquilo que está no nível do inconsciente?
Mesmo sabendo que ela não poderia ver os “monstros” da floresta. Mesmo sabendo que eles não eram reais, pois seu pai havia contado a ela a respeito da farsa, ela ainda assim sentia a presença desses monstros. Não seriam esses monstros uma figura das percepções equivocadas que nosso aparelho psíquico faz a cerca dos eventos? Entendemos que não são reais, porém não conseguimos evitar as emoções negativas que eles provocam.
Concluindo, é preciso ter coragem para entrar na floresta, assim como é preciso ter coragem para entrar em processo de análise. Quando iniciamos um processo de análise entramos cegos. Não enchergamos o que há na floresta. Aos poucos as resistências vão caindo até conseguirmos a atravessá-la por completo, o que muda nossa percepção acerca da vida. O medo nunca desaparece por completo, porém entendemos que ele não é real e que é possível vencê-lo todas as vezes que ele se manifesta em nossas vidas.
Parabéns pela analise do filme, esse é um dos meus favoritos, e sempre que eu procuro as criticas sobre ele, as pessoas estao falando mal, que o filme é pessimo, talvez por nao entenderem.
ResponderExcluirBuscam um filme de terror e acabam encontrando um filme que critica a sociedade, e como todos sao controlados.
Sua analise é realmente muito boa.
xD
Legal mesmo, não conhecia.
Excluirde que maneira mais vila foi alterado
ExcluirConcordo! É o primeiro comentário inteligente que vejo a respeito desse filme que nos remete a profundas reflexões sociais.
ResponderExcluirExcelente a análise do filme. Tratou de um aspecto importantíssimo das relações humanas e do "inconsciente" do homem moderno. Mas gostaria de que fosse falado mais sobre a analogia que minha professora de Sociologia fez colocando a vila como "a tentativa de isolar uma sociedade dos efeitos do capitalismo".
ResponderExcluirFiquei curiosa a respeito desta análise... teorias políticas, econômicas e religiosas parecem seguir a lógica de "A Vila", pois o indivíduo/sociedade não pode atravessar a floresta (barreira de segurança) caso contrário os monstros (o mal/ o caos) vão atingi-lo.
ExcluirQueria saber se as cores usadas no filme têm alguma significação especial - (amarelo e vermelho)
ExcluirGostaria de saber se no filme A Vila poderiamos tirar as dominações tradicional, racional legal e carismática.
ResponderExcluirQuais estão presentes no filme e seus respectivos atores, justifica a resposta:
onde esta o senso critico desse filme?
ResponderExcluirAdorei o filme, muito bom e a mensagem que ele traz sobre a alienação da queles habitantes do vilarejo, e rel e atual. ainda hoje vivemos situações semelhante.
ResponderExcluirconcordo totalmente com o1° comentario
Realmente, este filme traz questões filosofica e sociais que necessitam de reflexão. Além de tudo que já foi comentado acima, tem uma outra questão que me chamou atenção no filme. Será que realmente essa sociedade altenativa que preconizava uma vida de não violencia, não ao capitalismo com regras sociais bem definidas, conseguir seu objetivo??
ResponderExcluirPor : Soraia
Coitada...
ExcluirBastante interessante sua análise...realmente o filme se apresenta como uma grande metáfora da realidade social...no entanto o filme deixa um pouco a desejar,poderia ter sido mais trabalhado no sentido total.
ResponderExcluirQuando assisti o filme pela primeira vez odiei. Não consegui entender nada. Esse ano na faculdade a professora passou o filme para fazer um analogia com a cultura organizacional implantanda nas organizações. Fiquei surpresa mais ainda quando li essa análise critica na qual mostra outros aspectos do filme que não tinha percebido. Muito bom.
ResponderExcluirMuito boa a análise, confesso que logo de cara com o filme não entendi muita coisa, mas quando lí a sua análise pude compreender o verdadeiro significado do filme!!!
ResponderExcluirParabéns...
Parabéns por sua análise, estou estudando modos de ser e em aula de psicologia aplicada a pp assisti o filme , sou academica de publicidade e ler tua análise me fez ter um outro pensamento de modos de ser do consumidor, abrigada.
ResponderExcluirObrigado Silmara. É bom saber que podemos colaborar com outras áreas do saber.
ResponderExcluirJoana.
Achei esse filme, muito bonito, AGORA com as análises do filme que fui entender, esse é um filme que vale a pena pensar e vamos chegar a várias conclusões interessantes.
ResponderExcluirEntão, deixa eu ver se eu entendi uma parte: na hora que a moça cega estava na floresta, aquele cara que tinha problemas mentais foi lá ataca-lá, então... aqueles rosnados que ele dava, movimentos, era tudo coisa da cabeça dela? :s
claro,que não,era os ancioes que fazian os barulhos,e colocavam as roupas dos montos.mas eu achei o filme muito interesante no começo não tinha entendido,só na segunda vez que eu assisri o filme eu entendi,tambem otima analise do filme gostei.............
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse filme comporta várias interpretações, essa do post é somente uma delas. Outra é puramente religiosa e retrata como nascem os mitos religiosos e, no final do filme, quando se acha que o mito será destruído, os acontecimentos são dirigidos pelos líderes para que o mito se torne ainda mais forte.
ResponderExcluirótima analise do filme, tem tantas observações que nos comentários acima que fica muito mais fácil entender o que o filme nos relata, outra coisa que eu achei interessante no filme foi a utilização da cor vermelha para simbolizar o aparecimento dos " aqueles que não mencionamos'', outro ponto que achei interessante que que o sentimento mostrado no filme tem muitos caminhos de se escolher, podendo ou não machucar uma pessoa. Parabéns pela analise, e bem difícil encontra uma analise bem feita desse filme.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários!!
ExcluirEstá de parabéns Joana!
ExcluirDesculpe Joana mais como ficou o fim? Eu não entendi muito bem.
ResponderExcluirOlá Joana, parabéns pela análise do filme, adorei ter assistido mas não concordo de se ter usado a "mentira" para proteger aquelas pessoas de uma sociedade maléfica, usando o medo pra mantê-las protegidas acho que não é correto.
ResponderExcluirIa morrer ia não iria saber que i pai dela era dono da Floresta kk
ResponderExcluir"Seu filho morreu para que a história seguisse adiante, agora, todos vão acreditar para sempre que os monstros existem". Alguém aí conhece mais alguma história sobre um cara que foi sacrificado para que uma outra história fosse contada para sempre desta forma? Muitas metáforas no filme, mas essa me chamou atenção.
ResponderExcluirAcho que o filme critica de forma metafórica o fanatismo religioso e exageros a que "ansioes" submetem outras pessoas a sacrifícios em nome de crenças que nos fazem não enxergar a realidade como ela é.
Abc! Carlos
Essa sua alusão ao cristianismo é meio idiota, pois segunda a bíblia, cristo veio a terra e concluiu varias profecia que já estavam escritas antes dele vir, ele morreu e ressuscitou depois de 3 dias, fazendo com que varias pessoas morressem apenas por dizer que o viu e confirmaram que ele ressurgiu, claro que podemos ver da forma que você falou, mas apenas quando somos ignorantes a certo assunto.
ExcluirPerfeita à replica! faço das suas, as minha palavras,
ExcluirFrancisco!
Acabei de assistir "A vila". Excelente o texto escrito. O fato de Walker ignorar que era o único dono da floresta não significaria a omissão plena de si próprio?
ResponderExcluir" sou academica de publicidade e ler tua análise me fez ter um outro pensamento de modos de ser do consumidor,"
ResponderExcluirrsrsrrsr
Sempre comparei este filme com o que a religião faz com as pessoas...ela faz com que estas criem o seu "mundinho perfeito".O que é irônico pois este é "perfeitamente" fora da realidade.
ResponderExcluirParabéns, me ajudou muito no contexto pessoal.
ResponderExcluirParabéns Joana! Sua analise é bem contundente!
ResponderExcluirCo mode davam as relacoes sociais nessa Vila?
ResponderExcluirComo se davam as relacoes sociais nessa Vila?
ResponderExcluirmuuuuuuito erro ortográfico, de concordância..
ResponderExcluirAnalise ótima, me ajudou pessoalmente com alguns problemas pessoais e espero que outras pessoas também possam entender o que eu entendi e passem a parar de criar pré-conceitos sobre tudo sem antes saber sobre oque ou com oque está lidando. thanks!
ResponderExcluirGratidão pela interpretação, meu psicólogo pediu para eu assistir e eu só entendi a ideia agora.
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